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A publicidade e o marketing online trazem mais negócios para sua loja virtual, mas em pouco tempo se tornam dispendiosos. E se você pudesse divulgar sua marca e, ao mesmo tempo, vender mais produtos? Os marketplaces online oferecem a oportunidade de fazer exatamente isso: exibir sua marca e seus produtos em plataformas que conectam você a públicos novos e globais.
Ao mesmo tempo, ter um site dedicado além de vender em marketplaces é crucial para estabelecer credibilidade e melhorar a experiência do usuário. Um site próprio permite que você destaque sua marca, construa a confiança dos clientes e ofereça uma experiência de compra personalizada que reflete sua proposta de valor exclusiva.
Leitura bônus: como montar uma loja virtual.
Além disso, um site permite interações diretas com os clientes e oferece mais controle sobre as estratégias de marketing e vendas, complementando sua presença no mercado.
Confira neste artigo:
O que é marketplace?
Como funciona um marketplace?
Por que vender em um marketplace?
Quando os marketplaces surgiram?
Como escolher a melhor estratégia de marketplace
Vantagens e desafios dos marketplaces
Qual é a diferença entre um eCommerce e um marketplace?
Tipos de marketplaces
Principais marketplaces online
Independentemente do formato ou do modelo de receita, os marketplaces online geralmente oferecem:
Uma plataforma única usada por vários vendedores.
Hospedagem de site, processamento de transações e manutenção da interface geral do site. Dependendo da plataforma, também podem ser oferecidos serviços de processamento de pedidos mediante o pagamento de taxas adicionais.
Embora essa definição contemple o básico, o mercado está evoluindo.
Os destinos de compra dos motores de busca, como o Google Shopping, exibem produtos de vários vendedores como em um marketplace – mas geralmente os compradores acessam os sites dos varejistas a fim de buscar mais informações e comprar. Para uma análise mais detalhada dos canais de venda, consulte nosso guia.
O Google passou a oferecer também uma funcionalidade de pagamento própria, aproximando-se ainda mais de um verdadeiro marketplace.
Da mesma forma, as redes sociais há muito tempo apresentam listagens de produtos vinculadas a sites de eCommerce em anúncios pagos, mas o Facebook, o Instagram, o Pinterest, o YouTube e até mesmo o TikTok passaram a oferecer suporte a transações nos seus ambientes, criando novas plataformas e experiências de comércio social.
Um marketplace funciona como uma plataforma digital onde vários vendedores podem listar e vender seus produtos ou serviços a uma ampla gama de compradores. A plataforma em si não possui o inventário, mas facilita as transações entre compradores e vendedores, fornecendo um espaço centralizado para listar, pesquisar e comprar itens.
Os vendedores criam suas próprias vitrines, gerenciam seu estoque e cuidam da remessa, enquanto o marketplace gerencia a experiência geral do usuário, o processamento de pagamentos e, às vezes, o atendimento ao cliente.
Os marketplaces são vantajosos para as empresas porque:
As pessoas costumam recorrer aos marketplaces online. A conveniência de realizar uma única transação para uma ampla seleção de itens de vários vendedores é atrativa.
O marketplace é responsável pela manutenção da infraestrutura. Ao utilizar um site de eCommerce que foi desenvolvido e é otimizado por terceiros, você pode se concentrar na essência do seu negócio.
Os marketplaces online têm exposição internacional. Muitos dos marketplaces mais populares do mundo atendem a públicos no exterior, oferecendo uma maneira descomplicada de ganhar exposição em outros países. Embora a Amazon seja forte em várias regiões, há também players regionais, como o Mercado Livre, na América Latina, e a Rakuten, no Japão.
Os marketplaces de nicho atraem públicos-alvo direcionados. A explosão dos marketplaces online possibilita a oferta de praticamente todos os tipos de produtos, desde alta moda até artigos para animais de estimação e produtos sustentáveis. Se você encontrar o nicho de mercado certo, poderá expor seus produtos a muitos clientes que estão procurando o que você tem para vender.
Leitura extra: quais são as melhores plataformas de vendas online?
Os primeiros marketplaces surgiram nos Estados Unidos no início da década de 1990, com empresas pioneiras como Amazon e eBay. A ascensão dos smartphones e a mudança no comportamento do consumidor em relação às compras online contribuíram significativamente para o crescimento do eCommerce e dos marketplaces.
No Brasil, o modelo de marketplace ganhou força em meados dos anos 2000, com empresas como Mercado Livre e Submarino. Na década de 2010, grandes varejistas como Magazine Luiza e Americanas.com adotaram esse modelo, oferecendo um mix de produtos próprios e ofertas de vendedores terceirizados em uma única plataforma digital.
Decida onde vender
Entenda as vantagens e desvantagens de cada marketplace
Escolha os produtos e defina os preços
Crie um feed de produtos atraente
Defina e teste seu método de processamento de pedidos
Melhore o atendimento ao cliente
Execute, monitore e ajuste
Para entender como vender pela Internet, é importante tomar conhecimento de todas as opções de venda em marketplaces. No entanto, para maximizar os benefícios – agora e no futuro –, é necessário ter uma estratégia sólida. Aqui está um checklist rápido para começar.
Os clientes atuais e potenciais podem ajudar a determinar sua seleção de marketplaces. Você também pode analisar em quais marketplaces seus concorrentes estão para ter uma ideia das opções populares no seu setor.
Embora os marketplaces tenham muito a oferecer, eles apresentam desafios próprios. Antes de definir a seleção de produtos e os preços, verifique:
Popularidade vs. concorrência. Os maiores marketplaces online atraem muitos compradores, mas também há muitos vendedores nas suas plataformas. Com isso, é possível que você não obtenha visibilidade automaticamente e até mesmo precise incorrer em despesas adicionais, como listagens pagas, para conquistar novos negócios.
Operador de marketplace como aliado ou rival. Alguns marketplaces online não apenas estocam itens para venda, mas também fabricam produtos de marca própria, criando um possível conflito de interesses com vendedores terceirizados. Por isso, é extremamente importante ter seu próprio espaço de eCommerce, como uma loja virtual do Wix.
Receita vs. novos clientes. Os operadores de marketplace normalmente detêm os dados dos clientes que compram por meio das suas plataformas – portanto, embora você possa ganhar visibilidade e gerar receita, talvez não tenha a oportunidade de estabelecer relacionamentos com os clientes.
Custos básicos vs. complementos. As taxas cobradas pelos marketplaces variam: a Amazon oferece uma opção de assinatura mensal ou uma taxa por produto cobrada antecipadamente, enquanto o Walmart cobra uma porcentagem de cada venda. Há outros custos que podem ser acrescidos. O algoritmo da Amazon prioriza os vendedores que usam seu serviço de processamento de pedidos, por exemplo, o que significa que os vendedores devem ponderar esses custos adicionais em relação aos benefícios de uma melhor visibilidade.
Com seus custos em mãos, você pode selecionar o que vender online e a que valor. Best-sellers já estabelecidos (produtos que se alinham com categorias populares) e presentes ou kits estão entre os itens a ser considerados. O objetivo é apresentar ofertas que sejam exclusivas, mas não tão incomuns a ponto de raramente serem procuradas e visualizadas.
Cada marketplace tem seus próprios parâmetros sobre como as imagens e o texto dos produtos serão exibidos. Crie cuidadosamente seu feed de produtos para aproveitar todos os recursos da plataforma do marketplace.
Os marketplaces maiores oferecem, a um custo adicional, serviços de processamento de pedidos, o que pode ser especialmente vantajoso se seus clientes esperam uma entrega mais rápida do que a que você pode gerenciar de forma independente.
A velocidade do processamento de pedidos costuma ser um dos critérios que os algoritmos do marketplace usam para determinar quais listagens terão mais visibilidade. Portanto, teste minuciosamente qualquer processo que você estabelecer.
A maioria das plataformas monitora os tempos de resposta dos vendedores do marketplace às perguntas e reclamações dos clientes; portanto, dê a elas atenção imediata.
Depois de lançar seus produtos no marketplace, fique de olho nas vendas, nos gastos com anúncios e no atendimento ao cliente, e use as ferramentas incorporadas de geração de relatórios para acompanhar o desempenho. Ajuste o sortimento de produtos, os preços ou as opções de remessa conforme necessário e sempre faça uma revisão abrangente antes de datas importantes, como as festas de fim de ano.
Ampla seleção de produtos: Os marketplaces oferecem uma vasta gama de produtos de vários vendedores, proporcionando aos consumidores um balcão único para diversas necessidades.
Preços competitivos: Com vários vendedores competindo, os compradores geralmente se beneficiam de preços mais baixos e melhores negócios.
Conveniência: Os compradores aproveitam a comodidade de navegar e comprar produtos de diferentes vendedores em uma só plataforma, com processos simplificados de pagamento e finalização de compra.
Escalabilidade para vendedores: Os vendedores podem atingir um público maior sem a necessidade de um site de comércio eletrônico independente, reduzindo os custos de marketing e infraestrutura.
Confiança e credibilidade: Os marketplaces estabelecidos muitas vezes já têm incorporada a confiança dos consumidores, oferecendo sistemas de pagamento seguros e políticas de proteção ao comprador.
Alta concorrência: Os vendedores enfrentam intensa concorrência, o que pode reduzir os preços e reduzir as margens de lucro.
Taxas e comissões: Os marketplaces normalmente cobram taxas ou comissões sobre as vendas, o que pode prejudicar os lucros dos vendedores.
Menos controle: Os vendedores têm controle limitado sobre a marca, a experiência do cliente e os dados em comparação com a administração do seu próprio site de comércio eletrônico.
Dependência da plataforma: Depender fortemente de um marketplaces pode ser arriscado se a plataforma alterar suas políticas, taxas ou algoritmos, afetando potencialmente a visibilidade e as vendas dos vendedores.
Relacionamento com o cliente: Os marketplaces muitas vezes medeiam a interação entre vendedores e compradores, tornando mais difícil para os vendedores construir relacionamentos diretos com seus clientes.
Um eCommerce é uma vitrine digital onde um único vendedor oferece seus produtos ou serviços diretamente aos consumidores. Essa plataforma é totalmente controlada pelo vendedor, que gerencia tudo, desde o estoque até o atendimento ao cliente, proporcionando uma experiência de compra personalizada e mantendo total controle sobre a marca, preços e interações com o cliente. (Confira nosso artigo sobre o que é um eCommerce.)
Por outro lado, um marketplace é uma plataforma que hospeda vários vendedores, permitindo-lhes listar e vender seus produtos para um público amplo. O próprio marketplace cuida da experiência geral do usuário, do processamento de pagamentos e, muitas vezes, do suporte ao cliente, enquanto os vendedores se concentram nas suas ofertas de produtos.
Este modelo oferece aos consumidores uma ampla seleção de produtos de vários fornecedores em um só lugar, mas os vendedores têm menos controle sobre o ambiente geral de compras e o relacionamento com os clientes.
Business-to-Consumer (B2C): Estes marketplaces conectam vendedores individuais ou varejistas diretamente com os consumidores. Alguns exemplos são Amazon, Netshoes, Dafiti e AliExpress, nos quais as empresas listam seus produtos para venda ao público em geral.
Business-to-Business (B2B): Os marketplaces B2B facilitam as transações entre negócios, permitindo que empresas comprem e vendam produtos ou serviços em grandes quantidades. Entre os exemplos estão o Magalu e o Mercado Livre, que atendem setores industriais fornecendo uma plataforma para compras em atacado e gestão da cadeia de suprimentos.
Consumer-to-Consumer (C2C): Essas plataformas permitem que indivíduos vendam produtos ou serviços a outros indivíduos. São exemplos disso o eBay e a OLX, onde os usuários podem listar itens para venda, geralmente de segunda mão ou exclusivos, diretamente para outros consumidores.
Peer-to-Peer (P2P): Semelhante ao C2C, os marketplaces P2P se concentram em serviços em vez de produtos. Como exemplos, temos o Airbnb e o Uber, em que as pessoas oferecem serviços como hospedagem ou transporte diretamente a outras pessoas.
Marketplaces verticais: Esses marketplaces especializados se concentram em um setor ou nicho específico. Alguns exemplos são a Etsy, para itens artesanais e vintage, e o StockX, para compra e venda de sneakers e streetwear.
Marketplaces horizontais: Essas plataformas oferecem produtos e serviços de uma ampla gama de categorias, atendendo a diversas necessidades dos consumidores. Entre os exemplos estão a Amazon e o Walmart.com, que vendem de tudo, de eletrônicos a alimentos.
Marketplaces de serviços: Conectam consumidores a profissionais que oferecem diversos serviços. Por exemplo, o Upwork para trabalho freelance e o TaskRabbit para tarefas domésticas sob demanda.
Marketplaces de aluguel: Essas plataformas permitem que os usuários aluguem itens ou propriedades de terceiros. Veja, por exemplo, o Airbnb para aluguel de férias e o Turo para aluguel de carros.
Embora alguns dos sites de vendas online mais conhecidos sejam administrados pelos maiores nomes do varejo, outros não são afiliados a marcas estabelecidas. Entre os principais marketplaces estão:
Amazon – Com cerca de 310 milhões de clientes em todo o mundo (pesquisa disponível somente em inglês) e quase um terço deles sendo membros Prime, a Amazon é um dos canais de vendas mais competitivos para comercializar seus produtos.
Magazine Luiza – O marketplace do Magazine Luiza já representa um terço de todo o volume de vendas da empresa. A estratégia da gigante varejista é apostar na hiperlocalidade, com vendedores tão locais que a entrega pode ser viabilizada de forma rápida e rentável, sem que os produtos precisem viajar longas distâncias.
Mercado Livre – A empresa argentina opera atualmente em 18 países, disponibiliza mais de 60 milhões de ofertas e possui 211 milhões de usuários registrados, ocupando o status de maior marketplace da América Latina. O Mercado Livre disponibiliza soluções próprias, como o Mercado Pago, o Mercado Envios e o Mercado Livre Publicidade.
Americanas – Importante rede varejista do Brasil, a Americanas é controladora acionária da B2W Digital, uma das maiores empresas de eCommerce da América Latina, que engloba marcas como Submarino, Shoptime e Americanas.com. Essa parceria ampliou significativamente o alcance da empresa no mercado online.
Shopee Brasil – A Shopee Brasil, um braço da empresa sediada em Cingapura, é uma plataforma de eCommerce em rápido crescimento, conhecida por sua abordagem inovadora e foco na experiência do usuário, oferecendo recursos como jogos, descontos e promoções interativas para envolver os clientes. Um exemplo é o Shopee Live, uma plataforma de transmissão ao vivo que permite que os compradores assistam a conteúdos relacionados aos produtos e interajam diretamente com os vendedores.
Buscapé – O Buscapé é um dos pioneiros e líderes no mercado brasileiro de comparação de preços online e pesquisa de produtos. Ele opera como um motor de busca que permite aos consumidores pesquisar e comparar preços de produtos em várias lojas virtuais, sendo também possível comprar diretamente por meio da plataforma.
Os marketplaces online têm muito a oferecer aos varejistas independentes, desde novos públicos até opções rápidas de processamento de pedidos.
Ao compreender os benefícios, focar nas plataformas relevantes para seus clientes e ter um plano de produtos e preços que complemente seu site de eCommerce principal, você pode aproveitar o potencial dos marketplaces para atrair clientes e expandir seus negócios.
Leia também: os melhores templates para loja virtual.
Por Hanna Kimelblat
Blogger & Growth Marketing Expert - Português